Dois fatos que influenciaram o mercado de açúcar na semana passada:

  • A produção na China deve ser a pior das últimas dez safras, apertado ainda mais os fluxos internacionais, já que o país é um grande importador.
  • O anúncio de corte na produção de petróleo pela Opep+ deu impulso aos preços.

Resultado: o primeiro vencimento do açúcar (maio/23), subiu mais de 6%, fechando a USD¢ 23,61 – o maior valor desde outubro de 2016.

O mercado aguarda o desenrolar da recém-iniciada safra do Centro-Sul do Brasil para saber se a produção de açúcar será suficiente para compensar os problemas dos principais países produtores do hemisfério norte. Por ora, o clima tem ajudado e os trabalhos no campo gradativamente ganham força. A moagem tende a se intensificar nos próximos dias, considerando que não há previsão de chuva intensa para as regiões produtoras.

 

Vendas batem recordes de combustíveis

Os dados de vendas de combustíveis de fevereiro da ANP registraram recorde. Foram comercializados 4,56 bilhões de litros de gasolina equivalente, 10% a mais do que no ano passado. A participação do hidratado continua baixa, mas começa a melhorar (e deve, com o desenrolar da safra, ganhar tração). O hydrous share passou de 16,5% em janeiro para 16,9% em fevereiro. Já as vendas de gasolina cresceram 14,1 sobre fevereiro 2022.

Por fim, as cotações do etanol começaram a safra em alta. Na primeira semana da safra 2023/24 o etanol hidratado subiu 2,5% e fechou a semana com o litro valendo pouco mais de BRL 2,80. Já o anidro subiu 4,3% e ficou acima dos BRL 3,20 / litro. O prêmio ficou em 14,5%. A entrada da safra deve disponibilizar mais produto no mercado e consequentemente pressionar as cotações. No entanto, a volta dos tributos, com maior impacto nos combustíveis fósseis, deve estimular a demanda, freando quedas bruscas nas cotações.

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