Confira abaixo os principais acontecimentos que marcaram o agronegócio na semana do dia 22 ao 26 de janeiro de 2024.

Protestos! Agricultores alemães e franceses paralisaram seus países em protesto contra políticas ambientais mais restritivas, além da redução de subsídios. Isso reflete um crescente desconforto do setor agrícola europeu com agendas ambientais restritivas. Nas últimas semanas, protestos semelhantes ocorreram também na Holanda, Polônia e Romênia. Os desafios para equilibrar objetivos divergentes de modernização econômica, austeridade e metas climáticas são cada vez maiores. Um exemplo claro da pressão que as metas climáticas da União Europeia exercem é o não fechamento do acordo de livre comércio entre o Mercosul e o bloco Europeu. Sem dúvida as exigências europeias são o maior entrave ao fechamento do acordo que é negociado entre os dois blocos há 23 anos.

A Frente Parlamentar da Agropecuária busca reverter vetos presidenciais à Lei de Diretrizes Orçamentárias que protegiam os recursos do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural contra cortes. Os vetos do presidente trazem preocupações para o setor, justamente numa safra marcada pelas intempéries climáticas e mexem com o mercado de seguro agrícola. Um setor que deveria ser visto como estratégico pode acabar sendo penalizado com menos recursos em 2024. O Governo parece buscar o cumprimento das metas fiscais mexendo onde não deveria.

Outra pauta da FPA, para a volta das atividades do congresso, é a discussão sobre os vetos do Palácio a trechos do novo marco legal para defensivos agrícolas aprovado em novembro do ano passado. O principal ponto de divergência é o veto ao dispositivo que retiraria do Ibama e da Anvisa atribuições relativas à fiscalização do uso dos defensivos, repassando a atribuição exclusivamente ao MAPA. O avanço na modernização e desburocratização do sistema, com a redução da demora na liberação de novas moléculas, é uma bandeira de longa data do setor e só deve acontecer se a análise for estritamente técnica e não ideológica.

Estações de transbordo flutuantes já são uma realidade na logística de movimentação de cargas nos portos do Arco Norte da Amazônia. Mais econômicas, versáteis e rápidas de construir do que as estações terrestres tradicionais, essas instalações estão impulsionando a capacidade de escoamento de grãos na região. Algumas empresas já operam estações flutuantes e planejam ampliar a movimentação de grãos nos próximos anos. No entanto, ainda há desafios regulatórios relacionados à operação dessas estações em áreas portuárias privadas, e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários está trabalhando para normatizar essa atividade. O presidente da Amport destaca a importância dessas estações para a expansão do escoamento de grãos na região amazônica.

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