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Novo cálculo da rota. Sabe a frase dos aplicativos de trânsito quando é preciso rever o caminho? Deve ser o tom dos próximos dias nos mercados de commodities. Motivo: o corte de pouco mais de 1 milhão de barris de petróleo diários anunciado pela Opep no fim de semana. No curtíssimo prazo, já se fala no petróleo voltando ao patamar de 100 dólares por barril. Mas aí vem as consequências. A energia mais cara gera inflação. Mais inflação não vai deixar os bancos centrais baixarem os juros. O dinheiro caro tende a tirar fôlego da economia e isso pode reduzir o consumo de petróleo. Em algum elo dessa cadeia existirá um equilíbrio. Até lá, muita atenção na estrada. Vai ter muito solavanco ainda.

Para surpresa de quase ninguém: o governo argentino deve lançar nesta semana uma taxa de câmbio mais favorável às exportações de produtos agrícolas. Será uma versão turbinada das versões 1 e 2 do dólar soja. Desta vez, o benefício vai valer para outras exportações de produtos agrícolas. Os detalhes – como a cotação do dólar e a duração da medida, que pode chegar a 90 dias para alguns itens – serão anunciados na quarta-feira, 5 de abril.

Está na hora da largada do plantio da safra americana. Vamos ver nos próximos dias se o clima ajuda. O andamento do trabalho neste mês será fundamental para confirmar as estimativas de área plantada. Na semana passada, o USDA divulgou as projeções do relatório Prospective Plantings. Vamos aos números: um crescimento bem modesto para a soja, de 0,1%, uma expansão mais forte para o milho, de 3,8%, superando a expectativa do mercado, uma queda bem importante para o algodão, de 18%, e um aumento de 9% para o trigo.