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Dólar agro começa a valer na argentina. Espera de clima favorável no início do plantio americano e continua a incerteza sobre as exportações ucranianas.
Veremos nos próximos dias a reação das vendas de soja e outros produtos agropecuários argentinos com a entrada em vigor do dólar agro, uma taxa de câmbio mais favorável para as exportações do agronegócio. A expectativa é que isso estimule pelo menos 9 bilhões de dólares em exportações, dos quais pelo menos 5 bilhões em soja e derivados. As medidas valem até 31 de maio para o complexo soja e até o fim de agosto para os demais produtos. Até agora, os argentinos venderam cerca de um quinto das 25 milhões de toneladas de soja que devem ser colhidas nesta temporada.
A semana será de atenção também para o avanço do plantio da safra americana 23/24. A meteorologia indica tempo um pouco mais firme e quente, o que deve animar a semeadura das primeiras áreas. O USDA publica nesta terça-feira as estimativas de oferta e demanda global de abril, mas a maioria dos analistas acredita que por enquanto o foco do relatório continuará na safra Argentina e na segunda safra brasileira de milho. Só deve haver mais informações sobre a nova safra americana na edição de maio.
Não deu nem tempo de esquecer do assunto: recomeçaram os rumores sobre as negociações em torno do corredor de exportações de grãos da Ucrânia pelo Mar Negro, que vence mês que vem. A Rússia ainda quer reduzir a restrição às exportações de fertilizantes. A incerteza sobre a renovação já está mexendo com os preços internacionais do trigo.