Confira abaixo os principais acontecimentos que marcaram o agronegócio na semana do dia 29 de janeiro a 2 de fevereiro de 2024.

O governo promoveu uma série de ajuste para novos títulos de renda fixa isentos de Imposto de Renda. A resolução do Conselho Monetário Nacional afeta certificados de recebíveis e letras de crédito ligadas ao agronegócio, como CRAs, LCAs e Fiagros. O setor agro vem nos últimos anos se financiado cada vez mais com esses instrumentos. As operações desses certificados do agronegócio e, também, do setor imobiliário, já ultrapassam a casa de 1 trilhão de reais. As novas regras dividem opiniões. CMN diz que essas operações devem ficar limitadas ao objeto inicialmente pretendido quando a política pública foi criada, ou seja, aumenta as chances de os recursos chegarem realmente nas mãos dos produtores. Mas por outro lado devem limitar a emissão de novos títulos no curto prazo.

O Governo já demonstra preocupação com a possibilidade de fatores climáticos afetarem o desempenho do setor agropecuário e reduzirem o crescimento econômico do Brasil neste ano. Em 2023, o setor agropecuário teve um crescimento significativo, contribuindo para impulsionar o PIB. Mas o Ministério da Fazenda projeta um crescimento de apenas 0,5% para este ano. Além dos eventos climáticos, os preços atuais das commodities podem influenciar em menores percentuais. Outros riscos monitorados incluem questões geopolíticas e externas, como uma possível desaceleração na economia da China ou dos EUA, além de preocupações internas relacionadas ao crédito para investimento e consumo.

Na semana passada, chegamos a mencionar esse assunto por aqui, e não temos como não falar um pouco mais. Pressionado, de um lado pelos ambientalistas, e do outro por protestos dos produtores, o presidente da França, Emmanuel Macron, declarou ser "impossível" chegar a um acordo de livre comércio com o Mercosul. O estopim dos protestos foi a agenda ambiental da EU, que acaba gerando aumento dos custos de produção. Além da questão ambiental, os agricultores franceses falam do que eles chamam de “concorrência desleal”, e reivindicam “proteção” contra os produtos importados. O Brasil é o principal alvo desses produtores, já que somos os maiores fornecedores de produtos agropecuários para a Europa, com 25 bilhões de dólares em 2022. Com estas manifestações se espalhando pela Europa, os governos nacionais e a União Europeia podem acabar aumentando o protecionismo europeu.

Veja mais do Agrovip da Agroconsult abaixo.