Confira abaixo os principais acontecimentos que marcaram o agronegócio na semana do dia 15 ao 19 de janeiro de 2024.

Começamos com a repercussão em Brasília da iminente quebra da safra de soja de mais de 15 milhões de toneladas. Semana passada o ministro Carlos Fávaro conversou com o ministro Fernando Haddad, sobre a necessidade de orçamento para prorrogar as dívidas de investimentos de produtores do centro oeste afetados pela seca. Fontes do mercado financeiro estimam que as parcelas de investimentos vincendas em 2024 do centro oeste devem ultrapassar R$20 bilhões. Caso o governo decida prorrogar as prestações, o Conselho Monetário Nacional (CMN) deverá definir a abrangência do público-alvo, o que ainda pode alterar, para cima ou para baixo, os valores cujos pagamentos serão adiados. Com dificuldades de conseguir recursos extras, a medida pode sacrificar o orçamento reservado à equalização de juros de novas operações de crédito rural.

Ainda sobre crédito rural vale destacar informação de que tramita na Câmara dos Deputados PL que propõe ampliar as emissões de LCAs. O projeto busca modificar a Lei 11.076/04, permitindo que o BNDES utilize diretamente as operações com produtores como lastro para LCAs, ampliando as possibilidades de financiamento para o agronegócio. A mudança já foi aprovada na Comissão de Agricultura, mas ainda aguarda aprovação em outras comissões, como a de Finanças e Tributação. Algumas estimativas falam da possibilidade de aumento de R$ 60 bilhões para o agronegócio com a medida. O projeto tramita em caráter conclusivo.

Encerramos com alguns números consolidados de 2023 que mostram que os terminais portuários da Bacia Amazônica participam cada vez mais do escoamento de grãos para o mercado internacional, reduzindo um pouco a sobrecarga dos portos do Sul e Sudeste. Segundo levantamento da Amport, divulgado na semana passada, a região aumentou em 22% os embarques de grãos em 2023. Foram mais de 50 milhões de toneladas exportados entre os terminais de Itacoatiara (AM), Santarém (PA), Barcarena (PA), Santana (AP) e São Luís (MA). É importante que esse canal logístico seja estimulado por novos investimentos, já que pode funcionar cada vez mais como uma alternativa ao embarque de grãos de regiões como o Centro-Oeste e o MAPITO.

Veja mais do Agrovip da Agroconsult abaixo.