Esse vai ser um assunto importante para acompanhar nos próximos meses. O ministério da agricultura pretende estudar um aumento de 27% para 30% na parcela de etanol anidro misturado à gasolina negociada no Brasil. A proposta teria potencial para mexer com a oferta brasileira de açúcar, principal origem mundial das exportações do produto – isso para não falar nas consequências para os custos dos combustíveis. É um tema delicado e que envolve até mesmo a avaliação sobre a adaptação dos motores na parcela da frota de automóveis que não é flex.

Temos nesta semana reuniões dos bancos centrais para decidir taxas de juros nos Estados Unidos e no Brasil. Por lá, o que se espera é mais um aumento de 0,25 ponto percentual. Por aqui, não se prevê nenhuma mudança na taxa anual, atualmente em 13,75% ao ano. A publicação das atas dessas reuniões nos próximos dias talvez traga sinais de quando os juros começarão a baixar, com consequências para os preços das commodities e para o custo do crédito.

Por falar em crédito: os juros em alta e a recente queda nos preços põem muitos produtores cujas contas estão vencendo por agora numa encruzilhada: vendem a produção num momento de baixa ou tomam juros que consideram caros para rolar a dívida? De um lado, os bancos têm disponível crédito a juros livres, mas os agricultores consideram caro. Por outro, a pressão de vendas neste exato momento contribui para a queda dos preços. A boa notícia é que a saúde financeira do setor continua boa.

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