Confira abaixo os principais acontecimentos que marcaram o agronegócio na semana do dia 25 a 29 de março de 2024.
A Comissão Europeia aprovou mudanças em sua legislação, que incluem a eliminação da obrigação de deixar 4% das terras em pousio, a flexibilização das normas para manutenção de pastos permanentes e a isenção de fiscalização para terras com menos de 10 hectares. Tudo isso depois de meses de protestos de produtores em vários países do Bloco. A senadora e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina ironizou em suas redes sociais com a seguinte frase: “Da série ‘Faça o que eu digo; não o que eu faço!'”. Ela comentou que essa mesma União Europeia, que eliminou a obrigatoriedade de 4% de pousio ou preservação, não reconhece o Código Florestal brasileiro, que exige preservação de 20% a 80% das propriedades rurais. Essas e outras exigências são parte do motivo do não fechamento do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Disse ainda que os entraves para o acordo são “barreiras comerciais travestidas de exigências ambientais”. Por fim, ainda alfinetou o presidente da França, um notório militante contra o Acordo, que em visita ao Brasil, não colocou nem em pauta esse, que deveria ser o assunto mais importante em seu encontro com Lula.
A GDM, empresa argentina líder em genética de soja no Brasil, adquiriu parte dos negócios da alemã KWS na América do Sul. Estão incluídas na compra as atividades de melhoramento e venda de milho e sorgo, além das plantas de produção. A transação, que visa diversificar os cultivos extensivos da empresa, ainda está sujeita à aprovação do CADE aqui e da Comissão Nacional de Defesa da Concorrência na Argentina. Com essa aquisição, a empresa deve ampliar ainda mais sua participação em seu principal mercado, o brasileiro. Os planos são que milho e trigo representem 40% das vendas antes de 2030. Só no país, o volume de vendas atingiu R$ 1,5 bilhão em 2022.
A Rumo fechou acordo com a Embraport para construir um terminal portuário no Porto de Santos. O terminal, com capacidade para 12,5 milhões de toneladas anuais de grãos e fertilizantes, será operado pela DP World por 30 anos. O investimento de R$ 2,5 bilhões será financiado com empréstimos e possíveis parcerias. A construção está sujeita a aprovações regulatórias e deve levar 30 meses, após todas as exigências cumpridas. Notícias de soluções logísticas são sempre bem-vindas para o crescimento do nosso agronegócio.
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